quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Você se importa com a lista das impressões do francês?

Recentemente um francês causou uma balbúrdia na internet por conta da sua lista de impressões sobre o Brasil.

Ao ler a tal lista, encaminhei a um amigo para que ele  se divertisse também; confesso, com certo desconforto, que havia um outro objetivo subliminar no meu intento. 

Eu, no fundo, queria conhecer a reação dele. 

Em resposta, ele foi diplomático, ressaltando os pontos dos quais havia gostado, como o item 61 (the beauty, the joy), os itens cliclês que a maioria dos gringos diz ao nosso respeito, e por fim, como se não resistisse, pontuou que os franceses deveriam aprender a escovar os dentes depois do almoço.

Até receber o e-mail resposta, eu não havia eleito o item que mais havia chamado a minha atenção. Por isso, reli as impressões do francês.

E a que mais me saltou aos olhos foi a do item 5:

"Aqui no Brasil, os homens não sabem fazer nada das tarefas do dia a dia: não sabem faxinar, nem usar uma maquina de lavar. Não sabem cozinhar, nem em termos de sobrevivência: fazer arroz ou massa. Não podem consertar um botão de camisa. Também não sabem coisas que estão consideradas fora como extremamente masculinas como trocar uma roda de carro. Fui realmente criado em outro mundo…"

Mais do que as impressões, alguns comentários defensivos provocaram a minha reflexão; talvez pelo fato de já ter ouvido dos meus amigos colombianos, argentinos, bolivianos, peruanos algo semelhante: "nós podemos falar mal do nosso país, os gringos não". 

"Por quê? Você já parou pra pensar nisso?

Eu tenho uma suspeita. Nós gostaríamos de ser um país desenvolvido, porém nos falta uma caminhada tortuosa. O espelho virtual faz questão de nos lembrar. Além disso,  temos vestígios de uma mentalidade provinciana, e nos importamos com qualquer coisa que digam a respeito do Brasil, porque parece que a nossa identidade ainda depende do que o outro diz… e isso é uma prova quase palpável (pra mim) da nossa imaturidade como nação. 

Isso me lembrou daquele evento em que um francês falou em cadeia internacional que estávamos atrasados com o compromisso da copa (o que é verdade) e que seria preciso alguém chutar o nosso traseiro para acelerar. 

"O que aconteceu?"

Ficamos indignados e alguém do governo, por fim, para agradar os filhos da mãe gentil, disse que com esse sujeito sem classe não negociaríamos mais. 

O Brasil é o retrato de nós mesmos, não sabemos lavar, passar, cozinhar, pregar um botão, porém queremos um país pronto.

(Por favor, não me venha dizer que você sabe lavar, passar, cozinhar, pregar um botão, porque nós fazemos parte de uma minoria e essa minoria não é  o reflexo da nossa cultura ainda).

É óbvio e difícil, ao mesmo tempo, temos que mudar bastante no nosso dia a dia. A nova geração vê isso melhor que ninguém, ao que parece. 

"Estou disposta a mudar, ou melhor, estou em construção, e você?"


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Para os leitores diletantes

Depois de um livro após o outro e só para quem gosta de ler, fecho a lista de livros de 2013 com os assuntos bem variados (e também adoráveis).

1. You grow girl, da autora Gayla Trail, é um livro para quem quer aprender jardinagem; é um b - a - bá do plantio em pequeno espaço. Além disso, o livro é lindo, cheio de desenhos e dados cativantes: "em geral, uma planta que desabrocha rápido, na realidade, está prestes a partir e usa toda a sua força gerando uma flor, com o objetivo de assegurar a perpetuação", "ao olhar uma planta, o batimento cardíaco desacelera", e isso me faz lembrar que o homem pertence à Terra (e não o contrário).

2. Freud e o Estranho. Ed. Casa da Palavra. Trata-se de uma coletânia de contos fantásticos, pode-se ler fora da ordem, e cada um é melhor que o outro. 

3. Cather in the rye, do autor J.D. Salinger (li em inglês porque na minha atual situação é melhor ler em inglês do que em alemão:/). Esse é um livro que eu gostaria de ter lido na adolescência, pois teria aliviado a preocupação de ter que ser bem sucedida, e talvez eu tivesse agido de modo mais leve com relação a mim mesma. 

4. The year of no mistakes, da jovem poeta Cristin O'Keef Aptowicz. As poesias dela são perspectivas da vida e da cidade onde ela vive, parecem conversas, num estilo semelhante ao da Sarah Kay, que eu adoro.

5. O Poder do Mito, do mitologista Joseph Campbell. Para aqueles que apreciam histórias mitológicas e suas comparações; o texto é uma conversa entre Campbell e Moyers (jornalista), e a linguagem é simples. 

***
obs.: levanta a mão quem quer ler mais livros em português! o/  . 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Depois do bofete… um extra-terrestre

Há duas semanas, narrei o dia que fui acometida do impulso de dar um bofete, e esse foi um dos posts mais comentados; como se aquela experiência tivesse  provocado no leitor alguma simpatia, que nenhum outro post, embora tivesse sido mais acessado, foi capaz de tirá-lo da inércia e registrar o seu (des)encantamento.

Imediatamente algumas reflexões levantaram a voz: é impressionante como temos uma tendência (ou talvez eu tenha e esteja incluindo você nessa) a divulgar uma experiência na qual fomos vítimas de uma injustiça, e como essa experiência tem o poder de alterar o comportamento humano. 

Naquela ocasião, eu cheguei a pensar em registrar no livro de atendimento ao público o modo como fomos tratados, porém não o fiz porque confesso que faço parte do grupo do deixa disso, em matéria de dedurar ou enredar; a verdade é que acho que a pessoa colhe o que planta e eu não preciso ficar cultivando sentimento de vingança, e depois (pior) ficar imaginando que a pessoa foi demitida pela minha incapacidade de digerir uma rispidez, como se eu nunca tivesse tratado alguém mal; e agora a pessoa está voltando para casa do pai que batia nela etc. (Sim a minha imaginação é capaz de loucuras, não lembra o bofete? Até hoje me lembro do cenário dramático).

Não que eu queira angariar mais comentários esticando a história, a questão é mais sutil. Por favor, veja se me faço clara.

Na segunda etapa da renovação do visto, também chegamos um pouco antes da hora marcada, conferimos os documentos, e após quinze minutos fomos atendidos; o rapaz do atendimento nasceu para lidar com pessoas. Explicamos a situação e solicitamos a renovação do visto. Ele disse que tudo seria resolvido rapidamente e que enquanto isso teríamos um documento intermediário de morador, para que ficássemos tranquilos, enquanto o documento permanente seria confeccionado. 

Saímos de lá impressionados com o carisma do funcionário e, melhor, com tudo resolvido!

A questão sutil foi: não me passou pela cabeça escrever no livro de atendimento ao público sobre o referido servidor, talvez eu nem escrevesse um post a respeito se não fosse o incômodo que senti ao me dar conta de que eu quis gritar para o mundo o quanto fomos destratados há duas semanas, e, no entanto, não me ocorreu o mesmo quando algo amável aconteceu.

Fiquei imaginando um extra-terreste observando as duas cenas e levando um relatório à nave mãe: "o ser humano é estranho…"




sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Que bofete...

Eu nunca havia pensado em dar um bofete; não que eu seja a melhor pessoa do mundo, ou que só tenha boas intenções, mas a verdade é que nunca havia sido acometida de tal impulso; talvez eu seja um pouco covarde quando se trata de desentendimentos, pois estou sempre disposta a ceder se o resultado da conversa for gerar violência, briga ou qualquer melindre; eu devo admitir que até uso uma dose de hipocrisia "você sabe que você tem razão?" digo e saio de perto. Amar o próximo quando ele está muito próximo, às vezes, tem sabor amargo; hora da retirada, porque manter a distância tem aquele poder de proteger e evitar o desgaste. 

Olhando o passado de longe, devo confessar também que eu não me lembro de ter encontrado alguém que tivesse me despertado uma vontade de abrir mão de uma das coisas que mais me fascina que é a comunicação. É através dela que eu me adapto ao mundo, ou que eu adapto o mundo, através de uma palavra, um olhar, carinho, um sorriso ou um silêncio.

Desde quando chegamos à Alemanha, encontramos pessoas educadas e confiáveis; fiquei surpresa de ter feito amigos tão rapidamente, quando na minha visão estereotipada, o representante alemão era frio e distante. Talvez, por isso, eu tenha me surpreendido tanto. Consequentemente, o novo representante do povo alemão para mim havia passado a ser alguém gentil e confiável, pelo menos até o dia de renovação do visto. 

Aqui na Alemanha a regra é clara, se você cumprir os requisitos, a renovação é concedida. No nosso caso, todos os itens foram preenchidos e conferidos minuciosamente (várias vezes), pois na primeira vez que solicitamos o visto, todos deixaram isso claro e não tivemos qualquer problema.

No dia da renovação, chegamos ao escritório de estrangeiro um pouco antes do horário e aproveitamos o tempo de espera para conferir tudo de novo. Quinze minutos depois, o número da nossa senha foi indicado para um número de mesa. Na sala a qual nos dirigimos havia quatro mesas, que teoricamente tinham seus respectivos números, e uma delas seria a nossa. Por isso, perguntamos à pessoa da primeira mesa, porém antes mesmo que terminássemos a pergunta, a servidora pública disse: weiter (siga), o que me causou um pouco de estranheza, pois eu nunca havia sido interrompida na Alemanha.

Juntamente com outros estrangeiros, seguimos até as próximas mesas, quando uma jovem nos ofereceu lugar. Para ter certeza de que era a nossa mesa, perguntamos se aquela tinha o nosso número pois não havia qualquer indicativo; e a resposta foi: "se não fosse, eu não teria oferecido lugar para sentar"

Nesse momento, eu me senti na piada do seu Lunga, aquele bruto que quando visto lavando o carro na porta de casa e perguntado se está limpando a máquina, ele retruca, dizendo "não estou sujando e começa a jogar areia".

No caso, era tudo real, e eu já estava em choque, a autoestima do meu idioma alemão havia corrido para o precipício mais próximo e ameaçava pular.

"Vem pra cá". Foi o que eu lhe falei imediatamente.

Em poucos segundos, nem sei se me ouviu, ela pulou.

Aquele silencio constrangedor de repartição pública foi interrompido pela servidora.

"Vocês não entendem nada de alemão. Vocês têm um Dollmetscher? Vocês precisam de um Dollmetscher?"

Eu, gritando, perguntei "o que é Dollmetscher" para a minha autoestima caída no precipício, pois ela havia levado parte do vocabulário, e de forma quase inaudível ela respondeu: trrraaa-duutor.

Um parênteses aqui: a palavra Dollmetscher raramente é usada; no dia a dia as pessoas usam Übesetzer, que também significa tradutor. Em suma, eu nunca havia ouvido Dollmetschter. Seria como se alguém no Brasil dissesse: "você merece um amplexo", ao invés de dizer "você merece um abraço". Quem usa no cotidiano a palavra amplexo? Talvez os ministros do supremo.

Com receio de desencadear uma guerra, eu falei "no ano passado nós fizemos tudo sem Dollmetscher e funcionou; temos todos os papéis", que até então não tinham sido nem olhado à distância. 

"Vocês trouxeram o Antrag?" 

De novo um vocabulário do supremo para dizer algo simples: formulário, que em alemão também é chamado Formular; e até quem não fala nada de alemão seria capaz de entender.

"Nós temos todos os documentos que nos pediram por carta, e lhe mostramos a carta. Onde se consegue um Formulário?" 

Ela tirou dois formulários da gaveta e nos deu. Ora, então não poderíamos ter trazido, o formulário só poderia ser conseguido ali.  

Nessa hora, eu me levantei e lhe dei um bofete, depois outro, depois outro; nos segundos subsequentes, segurei o seu rosto e olhei nos olhos dela. Lá vi refletido um sofrimento, que me fez lembrar da sensação com a qual acordei, enquanto aquele silêncio interminável pairava no ar, naquela sala que exalava tensão e choque.

"Por que não me mataste?" Eu perguntei naquele ambiente onírico onde o impossível tem uma dimensão palpável, e você não entende o porquê daquele acontecimento, todavia, nenhum outro seria mais apropriado. No entanto, ele dói e aciona o sofrimento do mundo dentro de você.

Eu lembrei, eu havia acordado me sentindo blue, e fiquei pensando se esse meu sentimento teria um vaso comunicante invisível capaz de despertar em alguém um sofrimento inexplicável que resultasse num desconforto e má vontade; e obviamente a pessoa não saberia de onde vinha aquela torrente, no entanto, gostaria de se livrar dela o mais breve possível. 

Isso tudo veio à minha mente enquanto eu buscava o significado da palavra Antrag (formulário).

Eu tenho o maior prazer em ser covarde em matéria de revidar, talvez porque eu ame gente e tenha aquela visão idílica de que o mundo é um quebra-cabeça no qual todos os seres são peças insubstituíveis; pode parecer insólito, mas eu acredito que se eu me sentasse para tomar um café com aquela criatura, ela me contaria histórias incríveis que meu fascínio não hesitaria em repetir mil vezes "histórias conectam pessoas"; é isso que ele me diz quando a gente escuta alguém. 

Diante da minha covardia, tudo que eu fiz foi calma feito um buda amarrado e sem vocabulário suficiente dizer: "nós vamos trazer um tradutor e um formulário, mas nós compreendemos o que a senhora diz." 

Um novo silêncio de repartição imperou e foi rompido mais uma vez com as seguintes palavras:

"Vou ver o que posso fazer, preencham o formulário e e voltem."

Eu acho que eu nunca havia preenchido um formulário tão lentamente.

"Vocês demoraram muito."

"A gente volta outro dia."


"Vamos ver o que podemos fazer."


Apresentamos finalmente documentação, que estava correta e nos foi pedido para voltar em duas semanas, para finalizar o processo.

Ao sair de lá, eu fiquei pensando que quando se lhe dá com estrangeiro (seja você ou o outro), esse passa a ser visto como representante daquele país, por isso, se escuta: o alemão é isso, o inglês é aquilo, o brasileiro é assim, enquanto é provável que isso não passe de uma experiência isolada.

Fiquei também matutando que minha adaptação aqui teria sido mais difícil se essa tivesse sido a nossa primeira experiência no departamento de estrangeiro, talvez tivesse sido capaz de reprimir as minhas iniciativas de conversar, e eu hoje nem tivesse amigos.

É confuso pensar que alguém teria tido o poder de mudar o curso da minha vida aqui… ou teria sido eu que lhe teria dado esse poder e passasse o resto dos meus dias reclamando das injustiças do mundo e vendo refletido nos outros o meu próprio sofrimento?

"Que bofete que nada, vem cá, vamos tomar um café que eu vou te adorar!" 







sábado, 16 de novembro de 2013

Heidelberg - Alemanha

Se você estiver pelo sudoeste da Alemanha, vale a pena conferir Heidelberg.  Além da cidade ser linda, há deliciosos cafés e restaurantes, na Hauptstrasse (rua principal) e arredores.

A cidade tem um cenário romântico, e foi feita para se andar, olhando os detalhes barrocos das construções. Não estranhe se você se perguntar: é real? 

Da principal estação de trem até os principais pontos turísticos, é possível ir caminhando e descobrindo as ruas e os lugares que a cidade oferece.

O lugares mais visitados são:

1. o castelo de Heidelberg, que não se encontra mais inteiro devido as inúmeras batalhas e guerras ocorridas no passado. Num desses eventos, a pedido da igreja católica, os seus cavaleiros invadiram o castelo e levaram os livros sobre protestantismo; esses livros hoje estão no vaticano (pasmem). O castelo já teve biblioteca, já foi ocupado pelos militares, pela realeza, e hoje é um museu. Há visitas guiadas em inglês e alemão, ao longo do dia.

2. A praça da cidade antiga (Old town square);

3. A ponte antiga;

4. A biblioteca antiga e linda;

5. Museu da cidade de Heidelberg (onde há exposições de fotos e/ou documentos de personalidades famosas da Alemanha. Até fevereiro/14, haverá uma sobre a Marlene Dietrich);

6. A universidade de Heidelberg também é famosa (porém não a visitei).

Há ainda o museu egípcio (para quem gosta da cultura egípcia, claro). Enfim, há cultura para todos.

Caminhar pela Hauptstrasse (rua principal) sem pressa, provando pães, cafés, visitando exposições, museus até chegar ao castelo é como rever um livro de história ao vivo. 

Um dia só é pouco para visitar Heidelberg!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Últimos dias de inscrição da bolsa britânica chevening

Não perca mais tempo. Inscreva-se!

As inscrições para o Chevening 2014 – 2015 estão acabando. Não perca essa grande oportunidade e inscreva-se!

Você tem até o dia 15 de novembro para preencher o formulário no site e inscrever-se para o Chevening 2014 – 2015. Os candidados selecionados farão parte de uma exclusiva elite global de profissionais que desfrutam de destaque e prestígio em diferentes áreas do conhecimento.

Lembrando que o aceite da universidade birtânica, assim como a comprovação de proeficiência em inglês não é mandatória para a inscrição, podendo ser feita até 23/06/2014. Estudantes recém-formados também podem se inscrever, desde que comprovem os dois anos de experiência requeridos com estágios e trabalho voluntário até a data de inscrição no programa Chevening..

Caso tenha dúvidas sobre o programa e/ou o processo de inscrição, o evento “Pergunte ao Chevening”  estará aberto no Facebook até o dia 15.

Chevening é o programa global de bolsas de estudo do Governo Britânico, custeado pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido e organizações parceiras. As bolsas são concedidas a estudantes de destaque e com potencial de liderança para um programa de mestrado de um ano em uma das áreas prioritárias escolhidas e em qualquer uma das principais universidades do Reino Unido.

As áreas prioritárias deste ano são:
  • Administração e Negócios, Finanças, Economia e Administração Pública (incluindo Gestão de Crises e de Projetos);
  • Relações Internacionais, Direito e Ciências Sociais (incluindo Educação, Direitos Humanos, Desenvolvimento e Segurança e Conflitos);
  • Jornalismo e Comunicação;
  • Mudanças Climáticas, Sustentabilidade e Energia;
  • Administração Esportiva e Legado de Grandes Eventos Esportivos;
  • TICs e Indústrias Criativas.

Post de divulgação/e-mail encaminhado pela Embaixada Britânica 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Dicas de viagem: Belgrado - Sérvia

A Sérvia não estava na minha lista de viagem dos sonhos, nem tão pouco eu havia pensado em visitar tal país em 2013. 

Em conversa com uma amiga sobre um possível encontro, ela abriu meus olhos para a Sérvia. Ela  havia trabalhado por lá e conhecia um pouco da história do país. Passear com ela é uma aula de história sobre a guerra fria, a queda do muro, a tensão existente entre os países bálticos, dentre outros.

Em razão de morarmos em países diferentes, marcamos o encontro em algum lugar acessível financeiramente para ambas.

Assim, a Sérvia entrou na minha lista de países visitados; é relativamente barato, e, desde agosto de 2013, brasileiros não precisam mais de visto.

Antes de pesquisar e organizar o que gostaria de fazer no curso da viagem, eu me perguntei o que eu sabia sobre a Sérvia.

Nada preciso. Talvez o nome da capital, mas tão pouco tinha certeza absoluta.

A capital Belgrado, apesar de ser grande, se você estiver bem localizado, no centro, é possível caminhar a vários pontos turísticos: 

1. a fortaleza Kalemegdan, 
2. a confluência dos rios Sava e Danúbio,
3. Catedral de St. Michel - Saborna crkva (para quem quiser rezar, essa é pequena e aconchegante), 
4. Skadarlija (o bairro boêmio),
5. Knez Mihailova (a rua de pedestres), 
6. Strahinjica Bana Street (rua de bares, também conhecida como silicon valley), dentre outros.
7. Templo Sava/Svetog Sava (uma construção enorme, tida como a maior igreja ortodoxa do mundo, de acordo com a wikipedia).
8. Ótimos restaurantes à margem do rio Sava. 

Fora do centro:
9. Zemun é um barrio antigo, que era uma municipalidade independente, porém hoje é parte de Belgrado; é um pouco mais distante do centro, ou seja, tem que pegar ônibus, ou taxi,
10. Ada Ciganlija é uma ilha de rio, localizada no curso do rio Sava. Lá há um lago artificial e uma "praia"; e é possível andar de bicicleta pela região (também é necessário transporte do centro à ilha).

Não bastasse ser um lugar agradável, bonito e seguro, as pessoas, que encontramos, foram extremamente amáveis, e a comunicação flui tranquilamente no idioma inglês.

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Moeda: dinar (1 euro = 114,127, em novembro 2013)
Acomodação no centro: 17 euros a diária por pessoa.
Para aqueles que estiverem pela europa, a empresa aérea wizzair.com tem bons preços de passagens. 
Em geral, os pratos típicos da Sérvia envolvem carne, porém há vários restaurantes que oferecem fusion cuisine:). A maioria dos restaurantes tem um defeito em comum: fumantes:(
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A Sérvia ainda não faz parte da União Europeia (UE), apesar de estar economicamente mais avançada que a Romênia, que faz parte da comunidade desde 2007. 

Talvez a brutal 
guerra da Bósnia (1992-95), que também envolvia a Sérvia, tenha retardado o seu respectivo ingresso na UE. 

Ao que parece, assim como a Alemanha tem o passado refletido na memória mundial, as novas gerações de sérvios também experimentam algo semelhante; as relações entre os países vizinhos é de paz, porém o tema ainda é passível de polêmica. Por isso, evite mencionar o assunto, caso não tenha certa proximidade com quem fala.


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terça-feira, 5 de novembro de 2013

A sorte de uma geração perdida (um breve esclarecimento sobre o meu estado atual II)

Nada do que programei aconteceu.

Há 04 anos aproximadamente, eu chutei o balde para experimentar algo novo que vinha adiando por medo de falhar e de não lograr êxito.

Resolvi investi nas dúvidas, nas paixões suprimidas e sonhos, esquecendo-me de que há tempos não os cultivava. 

Entretanto, eu tinha que começar de alguma maneira, porque o momento perfeito localiza-se quase sempre depois do "quando ou do se", e, nunca chega. 

No início, eu me iludi com a certeza de que saber o que se quer garante o êxito na execução, especialmente, porque a minha geração foi bem sucedida no que fazia; nós seguíamos as regras de investir no conhecimento e na busca de um trabalho e tínhamos sucesso. 

Quem não gostaria de uma solução pronta? 

Aquelas regras que estiveram em vigor para as gerações anteriores não têm mais validade: "você estudava, fazia a faculdade, conseguia um trabalho, comprava uma casa, tinha filhos e, podia ficar tranquilo, que seria feliz."
Talvez a minha geração tenha sido a última a ter tido êxito financeiro com as regras das gerações anteriores, que se pareciam e que não nasceram nesse mar de possibilidades e distrações no qual o mundo está mergulhado. 

No entanto, quando tudo soava previsível, uma revolução tecnológica ocorreu e infinitas janelas se abriram para uma geração que tinha quase tudo aparentemente resolvido. 

"Agora temos a possibilidade de fazer isso?"

"Tens coragem?" 

"Será que é realmente possível?"

"Será que a gente consegue se dar bem nisso?"

Por consequência uma enxurrada de dúvidas emergem; talvez por isso seja  comum encontrar um número razoável de pessoas, fazendo análise, misticismo, lendo livros de autoajuda, confissões, blogs, biografias, com o secreto objetivo de buscar uma nova solução. 

Todos queremos achar a saída do labirinto sem ter que passar a vida ausente(*). 

No caso de nós mulheres, a nossa pressão é ainda maior, pois fomos a primeira geração a ter tido liberdade "no último", acesso à educação, a ter o próprio dinheiro, e, óbvio, sucesso. 

Enquanto nas gerações passadas a vida das mulheres eram semelhantes, na nossa geração, cada uma teve a oportunidade de escolher o seu caminho. 

Todavia, as novas possibilidades nos balançam constantemente; e parece verdade que não estamos satisfeitas em simplesmente adquirir aquele sucesso de antigamente; há um componente novo e indescritível que o dinheiro não é suficiente para remunerar.

"E como você está fazendo agora com essas novas distrações? Vai sair de onde está? Vale a pena?"

"E se eu fizer igual, dá certo?"

"Só se sabe arriscando. Não há mais modelos"

"Dá para voltar atrás? Alguém pode ir no meu lugar?"

"Não dá não. O seu lugar é aqui e agora."

Apesar de lermos frases que dignificam a jornada, e, ouvirmos falar que no final tudo dá certo, a experiência tem demonstrado que os erros, as falhas e decepções são constantes inevitáveis e têm um sabor amargo, que só muda quando a cada ato de persistência tal sabor torna-se tão familiar que passa a ser um estímulo diante das novas possibilidades de continuar nesse barco no qual viver não é preciso. 





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(*) na primeira versão do texto, eu havia escrito a palavra "perdido", porém depois do comentário do Ronald Correa, observei que a palavra mais apropriada seria "ausente". Obrigada Ronald!

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Coisas que deveria saber aos 20 anos

1. A mente mente para o corpo e ele acredita (e nós também);

2. Toda vez que você se apaixonar você vai jurar que ele é o homem da sua vida. Esse cara pode até ser uma joia rara, porém você vai descobrir mais tarde que o homem da sua vida é a auto-conhecimento;

3. Aprender a dançar é uma das melhores formas de conhecer o corpo;

4. Você é linda, apesar de a sua mente, inúmeras vezes, dizer o contrário;

5. Ouvir o que o outro diz (seja crítica ou elogio) não muda o que você é;

6. Escrever o que sente ajuda-nos a ser brutalmente honesta com nós mesmas;

7. Errar não é o fim do mundo; 

8. Alcool é uma m. (jamais beba para agradar os outros);

9. Masturbação é o meio mais natural para conhecer o prazer;

10. Desenhar comprova que o mundo não é como vemos;

11. Viajar é o meio mais rápido de aprender o quanto somos diferentes e ainda assim podemos coexistir; 

12. Você tem inúmeros talentos escondidos, escave e descubra;

13. Codificar computador (programação) é útil em qualquer profissão; 

14. A natureza é implacável: a gente colhe o que a gente planta.







terça-feira, 29 de outubro de 2013

Para quem vive um livro após o outro

Se você está esperando que algo aconteça na sua vida, a forma mais fácil de acelerar esse processo é lendo um livro. 

É garantido que, a partir daí, coisas fantásticas irão se passar, que novos pontos de vista irão surgir, que as pessoas tornem-se mais interessadas em você e peçam "só mais uma vez" que você conte a história outra vez. 

Como eu vivo desse oxigênio do conta e re-conta segue abaixo a lista dos livros lidos, continuando a série do só pra quem gosta de ler .

1. As aventuras de Pinóquio, do autor Carlo Collodi. Resolvi ler esse clássico (sem resumo), porque observei que o conhecia porém nunca o havia lido; todo mundo sabe que o Pinóquio mente, todavia no clássico essa característica não é o que me pareceu o ponto mais em comum com o ser humano. No original, o Pinóquio é um personagem que repete erros inúmeras vezes até aprender, apesar das infinitas promessas de não cometê-los. Não é a nossa cara?

2. Sidarta, do escritor Hermann Hesse. 
Está comprovado que o caminho para evolução pode ocorrer em qualquer lugar, independente do estilo de vida (eu adorei esse livro pela linguagem simples e tocante). 

3. Madame Bovary, do escritor Gustav Flaubert.
É um daqueles clássicos que deixam claro o insaciável desejo humano pela aventura, beleza e sedução. 

4. Após o anoitecer, do escritor Hakuri Murakami.
É muito impressionante porque esse livro passa-se em 24 horas e percorre uma infinidade de sentimentos humanos.

5. Helena, do Machado de Assis.
Sem dúvida um dos melhores escritores brasileiros. Todos os livros dele são uma obra-prima. 

6. Crime e castigo, do autor russo Dostoieswisk. 
Esse foi um dos melhores livros que já li na minha vida. Ele fala de solidão, de amor, das nossas vozes, da religião, da superação, do preconceito e da renovação. 




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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Bolsas de estudo Chevening 2014/2015

O periodo de inscrições para bolsas Chevening no ano 2014/15 se encerra em 15 November 2013.


Chevening é o programa global de bolsas de mestrado do Governo Britânico, custeado pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido e organizações parceiras.

Para saber mais sobre como se candidatar a uma bolsa Chevening leia os manuais '
Guia para inscrições' e 'Termos e Condições para as Bolsas Chevening'.

Abaixo estão indicados três pontos chave para ter em mente quando fizer sua inscrição para a bolsa Chevening em 2014/15.
https://gallery.mailchimp.com/9c341153d73c796e7b7c282a1/images/FBN_892781e373.1.1.jpg
Testes de Proficiência em Lingua Inglesa
Você deve alcançar osníveis de proficiência em inglês do programa Chevening até 23 de junho de 2014. Recomendamos que você agende seu exame de proficiência o quanto antes.
http://gallery.mailchimp.com/9c341153d73c796e7b7c282a1/images/20121112_51863b6073.1.1.1.jpg
Critérios de Seleção do Programa Chevening
Você deve ler cuidadosamente os critérios de seleção do Programa, descritos no 'Guia para inscrições', e assegurar que você demonstre calramente que você atende aos critérios na sua inscrição.
https://gallery.mailchimp.com/9c341153d73c796e7b7c282a1/images/DSC_7449371795.1.1.jpg
Escolha uma Universidade e um curso no Reino Unido
Informações para escolher uma universidade e um curso estão disponíveis no site do Chevening. Você também deve procurar no site Education UK  por informações úteis sobre oportunidades de estudos no Reino Unido

terça-feira, 15 de outubro de 2013

05 exercícios de nada para aumentar a (minha) concentração

1. Nada de interromper o que você está fazendo para navegar na internet por “cinco minutinhos”; se você se lembrar de algo muito importante para pesquisar, anota ao lado e depois do trabalho prévio executado, faça o que tiver que fazer. 

2. Nada de fazer uma pesquisa rápida no google só para saber do que trata o assunto sobre o qual você ouviu falar; está ok dizer que não sabe; você não será presa (nem diminuída) se disser que não tem opinião formada sobre o assunto.

3. Nada de concentração? Agite antes de usar: movimente-se, dance. Se não puder, escreva; tome um café, leia um livro, porém nada de facebook, e-mail, twitter etc. 

4. Nada de ler e-mail pela manhã. A grande notícia que você espera, vai chegar quando ela quiser; é, a vida gosta de surpreender! 

5. Unplug por algumas horas!

domingo, 13 de outubro de 2013

Direito divino de se comunicar

"Perhaps of all the creations of man language is the most astonishing."  Giles Lytton Strachey

Os idiomas de um modo geral têm o poder de me despertar um fascínio, porque cada vez que aprendo uma palavra nova, ela reaparece como se fosse a conexão universal que faltava para que eu pudesse continuar a jornada diária; eu chego a me perguntar: como sobrevivi até aqui sem conhecê-la? 

Foi pura sorte... não trafego mais sem ela; e essa divindade silábica automaticamente puxa outra, e outra, e mais um número infinito de interconexões. 

Eu uso o termo divindade porque as sagradas escrituras registraram de modo transparente a sua importância; não se quis correr o risco de usar uma parábola e deixar à margem os que não a compreendessem.

João disse: primeiro veio o verbo. E, de fato, independentemente da classe, nacionalidade, raça ou fé, todos verbalizamos.







terça-feira, 8 de outubro de 2013

O silêncio dos blogueiros

Eu acompanho vários blogs de desconhecidos, e quando um blogueiro passa alguns meses sem escrever, eu me indago, como se ele fosse um grande amigo: o que terá acontecido?  

E se você tem uma mente falante como eu, as perguntas não cessam: será que desistiu da vida de blogueiro? Voltou a trabalhar 100% do tempo num escritório? Desistiu?

Mais tarde, você descobre que ele não escreveu nada, porque lhe sobrou paixão porém faltou disciplina; que ter um projeto em mente não garante a sua execução; que ele também fracassa nas suas resoluções, e que coisas inesperadas também lhe acontecem. 

E ele que se dizia flexível, adaptável e pronto para qualquer coisa, no fundo, como qualquer outro, foi surpreendido e intimado a experimentar uma nova espécie de fel. 

Entretanto, antes mesmo de se tornar uma vítima de si, ele se embebeda de coragem ao ler a citação do imperador romano Marcus Aurelius: "aceite o que quer que venha para você nas tramas do destino, pois o que se ajustaria mais adequadamente às suas necessidades?"

Com isso, inevitavelmente, aquela lava vital o impulsiona a rever os seus projetos, a fazer as pazes com a sua disciplina, e, a se encher de esperança, pois que outra coisa ele gostaria de estar fazendo? 





segunda-feira, 7 de outubro de 2013

06 erros comuns de se cometer quando aprendemos idiomas

1. Em português (do Brasil), numa linguagem coloquial, temos o hábito de repetir a palavra para dar mais ênfase ao que se quer dizer. Por exemplo:

“Vocês estão juntos?”

“Juntos. Juntos.”

Esse método não me parece eficaz em nenhum outro idioma que eu tenha aprendido. É melhor falar uma vez, de modo claro: "sim"; ou a versão longa: "sim, estamos juntos".

2. Outra lógica que, às vezes, usamos é a de pressupor o raciocínio por terceiro (no exemplo abaixo: a adição).

“Querem café?” O garçom pergunta.

“Eu quero um.” O primeiro comensal responde.

“Dois.” O segundo responde.

“Três." O terceiro comensal diz. 

O garcom brasileiro provavelmente vai trazer três cafés, porém é possível que os garçons de outras nacionalidades tragam 7. E depois vamos dizer: “era tão óbvio, pois somos três pessoas”.

3. Usando ainda a lógica descrita acima, às vezes, pedimos uma coisa, quando, em verdade, se quer outra:

Estavam na fila do banheiro numa estação de trem e a entrada custava 0,50 de euro. O rapaz não tinha moeda, e (usando o seu modo de pensar) perguntou à pessoa logo atrás dele, segurando a carteira aberta:

“O senhor tem dinheiro trocado?” Ele perguntou isso, imaginando que o senhor sabia que ele estava na fila para ir ao banheiro.

O senhor, por sua vez, olhava o rapaz, como que se perguntando: “será que ele quer que eu lhe pague a entrada?”

Quando o rapaz percebeu que o senhor não o entendia, mostrou a nota que queria trocar e perguntou o que realmente queria: 

“o senhor pode trocar essa nota em moedas para mim?”

“Claro.” Respondeu o senhor.

E tudo ficou entendido!

4. O calouro de idioma (envergonhado) fala baixo e/ou pra dentro. Se fosse um estrangeiro no Brasil, é possível que alguém se compadecesse a ajudar, porém nos países europeus, há milhares de turistas, portanto, se o turista falar pra dentro, ele será abandonado à própria sorte. Por isso, na dúvida, abra a boca e fale num som audível (gritar tampouco fará a pessoa compreender). 

5. De um modo geral, nós gesticulamos mais que os nativos de língua inglesa e alemã, por exemplo. E talvez, por isso, tenhamos a impressão de que os gestos aumentam a clareza da nossa fala. 
NÃO (exceto a linguagem dos mudos). Os gestos/mímica, em geral, só funcionam quando as duas partes estão muito dispostas a se entender; para aprender o idioma, é melhor exercitar a fala.

6. A crítica e o constrangimento: quem levar para o lado pessoal, vai sofrer ao invés de se divertir. 

Não há nenhuma regra que nos proíba de cometer esses e outros erros quantas vezes for necessário. Todos eles valem a pena, pois nos unem em rodas, mesas de jantar, encontros fortuitos; e no final, os erros nos presenteiam com novos óculos que permitem observar melhor o ineditismo do mundo. 

sábado, 22 de junho de 2013

Sertão manifestante

Meus sinceros agradecimentos aos que estão nas ruas, mudando o curso da história e o curso de História! 

Não vejo a hora de pisar em território nacional, nesse território conquistado, e abraçar todo mundo, em especial os que estão com filhos nos hospitais, nas filas das escolas públicas, os comerciantes prejudicados, os que prestam serviço público apesar da falta de estrutura...

E aos vândalos, digo apenas que estão perdendo o bonde da história, mas se correrem conscientes chegarão a um lugar melhor.




segunda-feira, 17 de junho de 2013

06 dúvidas persistentes

Tenho dúvidas:

1. Se René Descartes tinha razão quando disse: “penso logo existo”?
Se nós fôssemos o sujeito dessa ação, poderíamos parar de pensar, quando quiséssemos, o que não ocorre sem um esforço hercúleo. Por isso, tenho a impressão que o pensamento é um músculo involuntário; e, às vezes, ele é capaz de encher a nossa “vida de tragédias que nunca aconteceram” (Mark Twain).

2. Se Sartre ao dizer “que o inferno são os outros” estava falando realmente de quem nos observa, ou se estava falando dessas vozes mentais que se materializam e até convenceram Descartes do “penso logo existo”?

3. Se Nitzsche, ou melhor, se Zaratustra tinha razão ao afirmar: “para todos os problemas da mulher, uma solução: gravidez”?

4. Se as pessoas acreditam mesmo que controlam alguma coisa?

5. Se nós, cidadãos ditos do bem, também não agiríamos de modo bestial, se algo que defendemos/amamos estivesse em perigo, ou mesmo diante de uma coisa mínima, que naquele momento pareça gigante?


6. Se insinceridade seria algo tão ruim?
Quando vejo um ser humano, declarando a sua animosidade a outro ser, seja por questões religiosas, raça, de cunho sexual etc., eu me pergunto: por que ele não finge, e se comporta como um hipócrita pelo bem comum? Um xenófobo sincero angaria seguidores desatentos e os deseduca, sabotando a união evolutiva da sociedade. Não te parece?