sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mídia Social & American way

Você já teve a sensação de que chegou atrasada(o) à discussão de algum assunto? Por exemplo: todo mundo já está comentando o assunto há tempos e você só se interessou por ele recentemente. Compreende?

É assim que me sinto em matéria de mídia social. No entanto, a minha sensação de atraso ganhou o status de certeza quando recebi um pedido para preencher um formulário online conforme abaixo:

Name:
Website:
Facebook:
Twitter ID:
StumbleUpon ID:
Digg ID:
Redit ID:

Talvez você faça parte do grupo que já discute o conteúdo desses sites há tempos; eu não. Por isso, a quem possa ser útil, explico. Com a filosofia semelhante às redes de pessoas (facebook e twitter), outras empresas, como a www.stumbleupon.com, www.digg.com e www.redit.com, definem-se por conectar pessoas, possivelmente estranhas umas as outras, que comunguem gostos afins, formando um conjunto de videos e textos compartilhados que funcionam como canais de TV na web; quem estiver associado, pode “zapear os canais”.

Pela ausência de fronteiras, as redes sociais passaram a ser redes internacionais de negócios, produtos, pesquisa de consumo, dentre outras coisas aparentemente inimagináveis, que vêm liderando os gostos mundiais. Há quem diga que você não é mais só você, você é uma brand (marca) e tem que parecer bom, para poder vender o seu próprio peixe. Se antes os músicos estavam lutando para não terem suas obras copiadas, hoje muitos devem estar rezando para serem baixadas a todo vapor. Quem não for baixado não será ouvido, dizem por aí. 

A comuncicação através das redes sociais tornou-se tão popular que a vice-presidente de operações do facebook, Sheryl Sandberg, chegou a afirmar que o email está ameaçado de extinção; e complementou: “se vocês querem saber o que vamos fazer amanhã, observe o que os adolescentes estão fazendo hoje. De acordo com as pesquisas, os jovens utilizam-se mais do twitter, sms e das redes sociais para se comunicarem do que do email”. http://www.fastcompany.com/1660619/facebook-coo-sheryl-sandberg-on-the-end-of-e-mail-branding-in-social-networks.

Segundo esses estudos, os produtos indicados por amigos têm 400% mais chance de ser comprado; o estudo revela ainda que um produto recomendado tem 68% mais  reconhecimento (lembrança) pelos consumidores. Partindo do presuposto da veracidade dos dados, não me surpreenderei se recebermos ligações de telemarketing oferecendo produtos em troca de uma indicação na rede social.

“Caro cliente, por favor, aceite esse cereal e comente o seu sabor na sua rede de amigos.”

Se a moda pegar, será possível o seguinte diálogo:

“Aonde você vai nas suas férias?”

“Ao Caribe, com tudo pago, pois indiquei o hotel na minha rede social e ganhei estadia.”

Considerando o conceito de indicação, o site http://www.yelp.com/ , cujo slogan é real people real review, vive das recomendações dos seus usuários (não pode ser coincidência o fato de o yelp ter nascido dentro do facebook). O site http://www.overmundo.com.br tem essa característica, porém não se baseia somente no princípio da recomendação.

Independentemente de qualquer discussão de natureza sociológica que o assunto enseja, é indubitável a capacidade que os americanos têm de se auto-inventarem, seja na American way usada pelo personagem do Great Gatsby, que inventou a pessoa que queria ser, ou pela maneira arrojada do Mark Zuckerberg, que parece estar levando parte do mundo a praticar isso.

Hello world! I am late, but I am here!




Nota: se quiser ler sobre personal brand, clique no link a seguir:
http://www.bookyourselfsolid.com/new/wp-content/uploads/2010/12/BookYourselfSolid-Chapter3-PersonalBranding.pdf

2 comentários:

  1. Assunto super atual. Silvia, minha jovem escritora, fique tranquila, vc está super up-to-date! Se tiver mais informações sobre os sistemas de recomendação, posta no blog que vou adorar. Vc já virou uma fonte para mim. Beijos, beijos, beijos. Marie

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  2. Marie,

    O site http://www.alexa.com/ mede o tráfego de qualquer website/blog que você busque.
    O http://mashable.com/ apresenta uma espécie de state of art de tecnologia, mídia social, dentre outros; não se apresenta como um site de recomendação, mas sugestiona o que supostamente está em voga.
    O http://www.fastcompany.com/ apresenta pesquisa mais elaborada (não só notícia) e faz correlação com os negócios.
    Se eu souber de algo mais, envio uma mensagem. Bjs.

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