terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dicas e curiosidades sobre a Tailândia

Ao chegar ao aeroporto de Bangkok, antes de se dirigir ao setor de imigração, passe primeiro no Health Bureau e mostre ao funcionário o seu passaporte brasileiro; assim que ele vir, ele vai lhe entregar mais um formulário a ser preenchido e devolvido ali mesmo; em seguida, ele carimba o seu formulário de imigração e você estará pronto para passar pela alfândega. Essa exigência é válida para os latinos americanos, africanos, dentre outros.

A Tailândia é recheada de tradições e contradições. Se você for visitar os templos da Tailândia, lembre-se de se vestir modestamente, cobrindo desde os braços, especialmente os ombros e o colo, até os joelhos; e antes de entrar nos templos, tire os sapatos. As manifestações físicas de afeto e carinho não são bem vistas nem bem-vindas. A esse respeito, é melhor evitar as cenas apaixonadas comuns aos Latin lovers; e sob nenhuma hipótese toque na cabeça de pessoas ou crianças da Tailândia, pois a cabeça, na cultura deles, é considerada a parte mais importante e sagrada do corpo; enquanto os pés é considerada a parte menos limpa, por isso, evite tocar qualquer coisa com os pés. O cumprimento e o agradecimento são feitos por meio de palavras; o gesto aceitável é o unir das palmas das mãos, junto ao tórax e um leve meneio da cabeça para baixo. 

A interação com os locais fica mais aprazível com os cumprimentos em Tailandês:
Oi: “sawadee krup” (o homem deve pronunciar /savadicláp/), enquanto a mulher diz: “sawadee ka” (a pronúncia é /savadicá/.
Obrigado: "khorb koon khrap” (pronúncia: /kopunklap/)
Obrigada: “khorp koon ka" /kopumká/
Os templos da Talilândia impressionam pela riqueza de detalhes e histórias cravadas nas suas paredes. O Grand Palace, em Bangkok, merece uma visita, pelo menos. É um complexo de construções que comporta templos, palácios e a antiga residência dos Reis da Tailândia (o Rei atual mora no Chitralada Palace, por isso, o Grand Palace pode ser visitado).
No complexo do Grand Palace, além dos palácios e templos de arte tailandesa, com pitadas de Srilanka-Ceylonese e khmer style, pode-se ver uma réplica do Angkor Wat (um dos templos mais grandiosos do Camboja), em minhatura. Um dos reis da Tailândia exigiu a construçao da réplica do Angkor Wat, tendo em vista que inúmeros cidadãos da Tailândia não poderiam visitar o real Angkor Wat (objeto de desejo nas guerras entre os países vizinhos).
Outra construção encantadora dentro do Grand Palace são os palácios compostos de porcelana quebrada. Um grande número de porcelanas importadas da China chegaram à Tailândia despedaçadas; o rei, da época, não permitiu que as jogassem fora e pediu que se aproveitassem os pedaços de porcelanas na construção dos palácios. Teria sido esse um dos primeiros casos de reciclagem no mundo? Vale a pena contratar um guia para apreciar esses detalhes. Ao lado do Grand Palace, pode se ir a pé ao Wat Pho, templo onde se visita a estátua enorme do Buda deitado. E a menos de meio hora de táxi ou de ônibus (n.01 em direção a China Town), há o templo do Golden Buddha, em China Town.
Bangkok é tão gigante quanto São Paulo. Porém apesar do tamanho e da impessoalidade, devo admitir que não senti nenhum temor de violência; o que pode assustar é o trânsito. Para evitar engarrafamento, a melhor opção é ficar próximo do Grand Palace, em Bangkok (nos bairros: Koh Sam Road, China Town, ou vizinhança desses bairros).
No norte da Tailândia, Chang Mai, Chang Rai e Pai foram as cidades que visitei.
O que fazer em Chang Mai? Visitar os templos Wat Pho Sighn e Doi Sothep, pelo menos. O Wat Pho Sighn fica dentro do quadrilátero murado da cidade; enquanto o Doi Sothep fica no alto de uma montanha; para visitá-lo, é necessário pegar um taxi ou minivan.
Onde se hospedar em Chang Mai? Dentro do quadrilátero murado ou bem perto dele. Assim, a locomoção será basicamente a pé ou de tuk-tuk, meio de transporte utilizado em alguns países da Ásia. O tuk-tuk é equivalente ao nosso pau de arara e é composto por uma carroceria com lugar para 4 ou 6 pessoas (negociar preço é saudável e preciso). À noite, há o street market e os restaurantes às margens do rio Mekong onde a comida costuma ser deliciosa. De Chang Mai também podem ser feitas excursões (de um dia inteiro, voltando à Chang Mai para dormir) para Chang Rai. Chang Rai fica no extremo norte da Tailândia, fazendo fronteira com Burma e Laos. Por isso, a região de Chang Rai também é conhecida como Golden Triangle.

Em Chang Rai, o White Temple tem o poder de quebrar o paradigma da beleza dos templos dourados, pois, como o próprio nome diz, ele é todo branco, mas contém todos os detalhes dos templos antigos, reservando ainda, aos turistas mais atentos, surpresas inimagináveis num templo tailandês. Ao olhar o templo branco de frente pode-se ver um lago de mãos perdidas que relembra o mito de Orfeu e Euridice; pode parecer triste num primeiro momento, porém prestando um pouco de atenção, podem ser vistos microfones, dentre outros apetrechos no suposto lago; o que dar à entrada do templo um ar lúdico. O White Temple é fruto do trabalho de um artista da região, que decidiu presentear a cidade com a sua arte.
Próximo à Chiang Rai, pode-se visitar as hill tribes; tribos compostas por pessoas, que vivem da subsistência de seus produtos. Por ser um povo que não cedeu às imposições sociais, seja pelas suas características físicas (anéis no pescoço), culturais ou de crença. Essas tribos, em sua maioria, não tem direito à cidadania, pois os seus componentes são considerados “aliens” pelos governos dos países onde vivem ou passam. Há pessoas que criticam esse tipo de visita, sob a alegação de que o turista está buscando o exotismo não só nos lugares mas também nas pessoas. Culture shocks and we all go for it. Don’t we? Honestamente, isso se aproxima da verdade, mas não há outra maneira de o turista ajudar essas pessoas senão indo lá e comprando os produtos manuais das hill tribes. O objetivo aqui não é criar polêmicas, mas sim permitir à leitora um pouco de informação sobre um pedacinho da Tailândia.
Outra cidade do norte Tailandês visitada foi Pai. Vale ressaltar que não há caminho de Chang Rai para Pai, portanto, é necessário voltar à Chang Mai e, a partir daí, passar por 762 curvas em zig-zag até chegar à Pai. "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena"(F. Pessoa).
Pai merece um parágrafo à parte, pois é a Visconde de Mauá da Tailândia. Uma cidade onde o objetivo principal é o deleite. Onde se hospedar? No centro da cidade, para se locomover melhor e livremente; evitar pousadas longe do centro. O que fazer? Massagem, templo no alto da montanha, cachoeira, hot spring (não só pra ver, mas disponível para o banho: relaxante ao extremo, cuidado para não dormir) e um incrível banho com elefante; pra quem curte natureza e animais ao pé da letra, é extasiante brincar de perto e tomar um banho no rio com um elefante. Onde? Noi’s Elephant Camp.
No sul da Tailândia, visitei somente uma ilha: Koh Samui. 

Água do mar na temperatura ideal, quentinha e transparente. Onde ficar? Em uma pousada (tem de todos os preços) em frente à praia. A ilha é grande, por isso, é bastante proveitoso fazer um trekking para conhecer os arredores e quiça outras ilhas próximas (por favor, evite os trekkings que incluem brincadeiras com animais: monkey show, elephant show etc). Dizem que também é linda a Phi Phi island. Go figure and tell us!
Em todos os cantos da Tailândia, as ruas, calçadas e até rios tornam-se mercados. São os weekend market, night market, floating market, China Town, e por aí vai. Thailand is good for shoppers. Não posso deixar de mencionar as variedades de orquídeas, frutas, comidas (Kao soi: noodles com galinha, de-lí-cia) e ofertas de massagem a céu aberto, ou numa sala fechada. Até o mais estressados dos mortais relaxa!
Mas nem só de tradição e flores é feita a Tailândia. Para contradizer o protocolo exigido na visita dos templos, cenas comuns de se ver: homens mais velhos com jovens (bem jonvens) tailandesas (if you know what I mean), exibindo o seu lado macho-man; ou transeuntes na rua, oferecendo os mais exóticos tipos de show (especialmente aqueles que usam a mulher como objeto de diversão).
Ops, um detalhe: seja paciente, confie nos seus instintos and wherever you go girl, keep always a napkin with you, because in most Thai toilets, there is no paper.
With love,
A foreigner pedestrian


Outros artigos sobre o Sudeste Asiático:
O discreto Laos
Camboja em duas duas cidades

Nenhum comentário:

Postar um comentário