De acordo com estudos sobre criatividade, aos 12 anos de idade, temos uma queda assustadora da nossa capacidade criativa. Daí por diante, ou se “usa o que sobrou, ou se enterra”, diz o artigo.
Se nos for dado o direito a fantasiar (com a fatia que sobrou), podemos imaginar que tenha sido naquela aula de ciências sobre micróbios, bactérias e vírus, que o tombo criativo iniciou a sua derrocada. Foi só saber que esses seres invisíveis estavam ao nosso redor que começamos a nos abster de cair na lama, fazer castelinho de areia e brincar de massinha.
Depois dessa aula, toda a ingenuidade do distraído foi aos poucos substituída por mais conhecimento sobre o nosso entorno. Nem imaginávamos, nessa época, que estávamos, possivelmente, nos afastando do caldo criativo.
E passo a passo, vamos ingressando no mundo dos adultos. A regra é simples e brutal:
“Que vença o melhor.”
Iniciamos a corrida por um apanhado de títulos, cargos e afins. E com esses salvo-condutos, queremos atingir o sucesso. O mundo nos cobra rapidez, temos que olhar e já saber o que se passa, concluir, atribuir valores e julgar tudo a olho nu.
E depois de chegar ao pódio, deixamos de ouvir as opiniões vicinais; as mais distantes nem com muito esforço; afinal, conquistamos a glória. E se alguém nos contradiz, é porque não sabe o que está falando.
“Ele quer discutir comigo esse assunto?”
Imbuídos de tanto saber, nos esquecemos de imaginar novas possibilidades; começamos a repetir o caminho habitual, os lugares e passamos a gostar de ler só os nossos concórdes. Criar? Não há nada pra se inventar aqui.
"Fala pra ele que somos especialistas." http://creatingminds.org/quotes/education.htm
E se esse caminho for percorrido sem pausa, independentemente da idade, o anacronismo cardíaco pode ser irreversível, e sem saber poderemos atirar no próprio pé; ou porque "já chegamos lá", ou porque julgamos não precisar mais dele.
Por sorte, isso é só uma fantasia... Mas se não for, pausa para todos os maiores de 12 anos.
Feito isso, vamos parar de trabalhar e começar a brincar!
Fontes: http://creatingminds.org/articles/age.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário