Se a frase “Penso, logo existo” for verdade, o que acontece quando danço tango, que nenhum pensamento toma forma, eu não existo? Então, quem dança?
Quando converso com alguém e não presto atenção, porque estou pensando em outra coisa, sou eu o que pensa no outro mote, ou aquele que aparentemente ouve, porém não está ali?
Quando sonho comigo, quem sou eu? O protagonista, ou o que sonha?
Quando digo “eu não estava em mim quando disse aquilo”, onde eu estava? E quem disse?
E quando converso comigo, qual deles sou?
Por que eu me importo com o que os outros pensam de mim, se de quem eles pensam pode não ser eu, e, sim o que pensou que era eu?
E se quem pensou de mim, que não era eu mas quem eu pensava que era, tampouco era quem era, mas quem queria ser o que pensava?
E se quem eu sou fosse quem eu sempre quis ser, sem ser o que eu dizia ou pensava que era, podemos dizer que somos um, dentre muitos, ou que somos muitos dentro de cada um?
Cai entre nós, vós e eles, somos todos perceptíveis?
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