terça-feira, 12 de abril de 2011

10 Dicas para quem vai morar (ou mora) fora da sua cidade (a 11ª é só para algumas mulheres):

1) Informar-se da cultura do novo lugar é um bom caminho pra compreender o modo de pensar e agir das pessoas;

2) Tentar se comunicar com os moradores locais é fundamental, caso contrário, você corre o risco de montar uma tribo, que vai protegê-la(o) e diverti-la(o), mas que possivelmente a(o) afastará dos mitos, histórias, curiosidades e sabores misteriosos do novo lugar;

3) Não julgar os modos e modas das pessoas;

4) Busque a sua própria rotina; tenha pelo menos uma atividade só sua que a permita ter um bom dia independentemente do(a) seu(sua) pareceiro(a);

5) Não espere o seu parceiro(a) acompanhá-la(o) a algum lugar, vá. A chance de um relacionamento desandar, hoje em dia, é infinita, e se você começar impor condições, a chance passa a ser de 99,999%;

6) Não se chateie se pessoas não lhe derem a atenção e o tratamento que você espera, ou se o seu dia não foi como você esperava; é assim mesmo, alguma coisa tem que acontecer pra gente refletir;

7) Escute as pessoas. Isso sempre deu certo comigo. A maioria das pessoas que encontrei no caminho tinham algo para compartilhar, ou desabafar. Fiz grandes amigos por onde andei (e ando);

8) Não espere que os amigos do seu(sua) parceiro(a) sejam seus amigos; nem espere que as pessoas do seu trabalho tornem-se seus amigos. (Isso pode até acontecer, mas pode não ser comum por onde você anda);

9) Evite comparar a simpatia do brasileiro com a de qualquer outra nacionalidade, pois pode se decepcionar e começar a fantasiar sobre a sua cidade. Quem nasce debaixo da linha do equador, nasce com o riso frouxo; é só isso;

10) Tolere e aceite que a viagem vai só acrescentar;

11) Só para algumas mulheres: aprenda a reconhecer se “esta linda mulher pode ser transformar numa gorila”. Particularmente, sei que posso me transformar na “Conga” (é o nome da gorila que se manifesta quando não estou presente). Por isso, desenvolvi algumas estratégias para evitar maltratar o mundo em minha volta quando ela consegue se manifestar:
a)Preventivamente, lavo as orelhas com água fria;
b)se consigo detectar com certa antecedência a presença dela, vou ao parque mais próximo, porque área verde nos acalma; porém devo confessar que já tomei banho de mar na esperança de a Conga não saber nada, mas ela sabe;
c) em penúltimo caso, imagino que a gorila é do tamanho daquela coisinha que a trouxe à tona, e ela, em geral, sai de fininho;
d) em casos extremos, ameaço nos trancar no armário; na maioria das vezes, ela não resiste, porque uma gorila não aguenta ficar presa quando tudo que ela queria era estar solta por aí. Meu namorado não gosta quando eu me faço isso; ele acha que é coisa de gente insana, mas ele não impede, pois sabe que é para o bem-estar social.
Se você tiver uma estratégia melhor, por favor, compartilhe; a humanidade vai agradecer, um dia. E se tiver mais alguma dica para quem vai morar fora, por favor, compartilhe também.

4 comentários:

  1. Entendo que talvez vc queira fazer um ponto ao colocar os generos masculino e feminino na maioria das opcoes. Mas acho q ficou over. Pode ser tb um protesto ao machismo da lingua portuguesa, onde o geral é ditado pelo masculino. Mas, se me permite, acho interessante q use o recurso quando quiser chamar atencao. Gostei das dicas, mas achei a 11zema, non-sense. Que desenhar pra mim? rs

    ResponderExcluir
  2. bom o trocadilho em dica X indica! rs em "Quase tudo em dica!"

    ResponderExcluir
  3. Mr. Lüdtke, em algumas mulheres reside um monstro em extinção; se você não se deparou com ele, você teve sorte, ou foi (bem) ludibriado.

    Quanto ao uso dos gêneros, vou repensá-lo. Obrigada. Bjs.

    ResponderExcluir
  4. Discordo do Mr. Lüdtke, não acho que ficou over e não foi um protesto ao machismo da Língua Portuguesa. Pelo menos eu não entendi assim. O que ela escreveu está cristalino, e não há nada para ser corrigido, nem mesmo a questão da pontuação dos gêneros. Nem todo mundo gosta de escrever de forma rebuscada, aliás admiro quem gosta de escrever de tal forma mas sendo informal ou formal e rebuscado, o importânte é que a história nos envolva, que nos toque.

    ResponderExcluir