quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Circuito
terça-feira, 8 de novembro de 2011
09 maneiras de IMPEDIR a manifestação da sua criatividade
1. Estabeleça modelos e padrões para todo o seu trabalho;
2. Irrite-se quando algo não estiver alinhado com o modelo criado por você;
3. Ocupe-se até o topo, não tenha tempo para contemplar algo extra-curricular, e se orgulhe disso;
4. Não questione as regras nem permita que as pessoas, ao seu redor, questionem;
5. Torne-se um expert em visualizar problemas, nunca soluções;
6. Não observe nada ao seu redor; ande focado em seus problemas, de preferência, enterre-se neles;
7. Não se permita errar;
8. Converse sempre com pessoas que pensam como você e concordam com os seus modelos;
9. Não aceite conselhos nem críticas; mentalize incessantemente como só você é capaz de fazer determinado trabalho.
Se você seguir a risca as dicas acima, a sua criatividade hibernará por anos a fio. No entanto, se voce quiser cutucar a ursa da criatividade, abandone esses hábitos e se prepare para um mundo fantasioso tão real quanto esse que vivemos.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
10 maneiras de multiplicar a paz na Terra
terça-feira, 25 de outubro de 2011
A sombra das investigações
domingo, 16 de outubro de 2011
O traidor fiel
Estávamos todos sentados à mesa; a degustação da comida não era o que nos reunia naquela noite, mas o que cabia a cada um de nós, sem escolha. Inconscientemente, quem relatasse a história primeiro, o faria como lhe conviesse.
Antes do jantar, o meu melhor amigo, líder da reunião, me pediu que fizesse algo por ele e mantivesse segredo, embora isso fosse parecer, aos olhos dos outros, uma traição. Pela nossa amizade não questionei; ele me garantiu que depois esclareceria tudo aos demais.
Durante o jantar, agimos como combinado; cada um recebeu a sua tarefa; a minha era de fato a mais deplorável. Talvez por isso, os demais me olharam com desdém.
Não me abalei.
Na hora programada, simulei a traição exatamente como me foi solicitada; e meu amigo foi conduzido, pelas autoridades locais, aos ponta-pés para cumprir a outra parte do seu plano.
Todos os outros pareciam ter esquecido a vontade dele e começaram a me ver como um real inimigo, me odiando e me julgando.
Segui, escondendo a angustia de que a verdade nunca fosse revelada e aguardando desesperadamente a sua volta e esclarecimento do plano.
Não imaginei que os demais se voltariam contra mim; apoiado por outros presentes, me cercaram e me torturaram com xingamentos e culpa pelo sofrimento causado.
Mantive o segredo de que ele voltaria.
Os ideais discutidos no jantar haviam sido abandonados e a minha aparente serenidade os provocava; cada um deles repetia incessantemente que eu era responsável por todo aquele horror.
Diante de tamanho convencimento e certeza de todos ali, supeitei que isso também fazia parte do plano e não resisti.
Eles chegaram mais perto, me cuspiram, me acusaram, e, finalmente, me condenaram, enrolando uma corda no meu pescoço e me empurrando.
Quando o nosso amigo voltou ileso, eles pensaram se tratar de uma alucinação; e quando ele perguntou por Judas, todos lhe contaram a versão que lhes foi favorável.