domingo, 4 de novembro de 2018

Parece que a gente esquece…

O dia começou como de costume.
…Pegue o pijaminha e ponha na cama, por favor.
… Venha fazer pipi logo.
… Por quê? Ora por que…
… Não precisa pegar tanto papel higiênico. Isso custa…
… É engraçado? Não acho.
… Agora vamos para a mesa. 
….Não precisa pegar tanta manteiga
… Não faça assim, limpe a mão primeiro. 
… Isso está sujo. Por favor, não pegue do chão. 
… Por favor, coma. Já está quase na hora de ir para escola.
… Vamos. Ponha qualquer sapato. 
Quando a minha filha voltou da escola, outra sessão de correções já ia começar quando ela, com aqueles bracinhos logos os suficiente para dar a volta no meu pescoço, me abraçou e disse que adorava brincar comigo. Isso mexeu com alguma válvula cardíaca aqui dentro
"O que é importante para você?” Perguntei para ela. 
"Brincar de massinha com você, passear, andar de patinete, correr…” A lista não parava. Tudo que ela falava tinha tanto entusiasmo. 
Às vezes, os nossos hábitos nos impedem de ver o que importa de verdade. 
Depois dessa conversa, decidi brincar mais e corrigir menos. Há quem diga que o amor de mãe é incondicional. Desconfio que o amor incondicional seja o das crianças. 



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