Em quase todas as cidades chinesas, há alguma referência ao Mao Zedong (ou Mao Tse-Tung), seja uma estátua, uma foto grande, a venda do livro vermelho com as citações do Mao, ou coisa que o valha.
Mao, também conhecido como “the chairman” do partido comunista, enganchou-se no poder em 1949 e só largou em 1976, quando faleceu. Durante esse período, governou autoritariamente.
Se por um lado ele proporcionou a reunificação da China, repeliu a invasão japonesa, dobrou o número de pessoas nas escolas, aboliu o desemprego, e proporcionou a universalização da moradia e da saúde, aumentando também a expectativa de vida; por outro, ele incentivou o crescimento populacional, que saiu de 500 milhões pra 900 milhões, e levou a morte, por fome, de 40 a 70 milhões de chineses, na tentativa de industrialização da China; além da ocorrência dos incontáveis assassinatos e suicídios, durante as campanhas contra os ricos e oponentes políticos; isso sem falar dos casos de tortura.
Em 1966, objetivando manter a China no looping comunista, e para evitar que elementos da burguesia influenciassem o socialismo, Mao lançou a revolução cultural. Nesse período, filósofos, jovens e supostos intelectuais foram “convidados” a trabalhar no campo; escolas foram fechadas, e com isso a cultura tradicional (milenar) foi saqueada; e inúmeras pessoas “desapareceram”; qualquer atividade que não pudesse ser controlada era eficazmente reprimida. Tai chi chuan foi uma das poucas que tinha o opoio do Mao.
Embora ele seja considerado, até hoje, pelas autoridades, um íncone da China, não foi possível obter uma opinião transparente a seu respeito.
“What do you think about Mao?" Fiz essa pergunta a vários jovens e todos me deram a mesma resposta.
“Mao, the chairman?
“Yes. Mao, the chairman."
“I don’t know him.”
“What do you mean?”
“When I was born he had already died.”
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