quarta-feira, 29 de junho de 2011
Esclarecimentos e dicas pra quem chutou o balde
terça-feira, 28 de junho de 2011
Os plutonianos
domingo, 26 de junho de 2011
6 Dicas para blogueiros iniciantes (que estão começando do zero)
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Viagens de bondinho
segunda-feira, 20 de junho de 2011
13 Dicas para refinar a pesquisa virtual
Ou www.google.com/reader para acessar as atualizações dos sites e blogs que acompanha, ou costuma ler.
Talvez você tenha interesse:
05 Motivos para ter um blog
06 Dicas para blogueiros iniciantes
06 Dicas para quem quer começar alguma coisa
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Mini-guide to visit Melbourne/Australia for free
To go around the city, you can take a free city circle tram, and visit Federation Square, Carlton (Italian neighborhood), Harbour Esplanade, State Library of Victoria, Melbourne Aquarium, Old Melbourne Gaol (for crime and justice experience), Parliament House, the Immigration Museum, Etihad Statium, among others. You can take this tram as much as you want; stop by any sightseeing and then take it to the next one. Free city circle trams run every 12 minutes from 9am to 6pm (except Good Friday and Christmas) and it stops at Flinders Street, Harbour Esplanade, Docklands Drive, La Trobe Street, Victoria St, Nicholson St, and Spring Street.
To reach other sightseeing such as Queen Victoria Market, Art Centre, Lygon St (where you will find lots of Italian restaurants and cafes), Fitzroy Gardens, China Town, Royal Botanic Gardens, among others, you can take the city tourist shuttle, which stops at Flinders St on the corner of Swanston St. And it is also free of charge.
Before taking the city tourist shuttle you may visit a free exhibition at ACMI (Australian Centre for Moving Image) or get more tourist information at Federation Square where there is an information booth waiting for you.
After hanging around you may get hungry, so if you haven’t stopped at Victorian Market, it will be time, get some fruits and go back to your own tour.
Stop at Swanston St. and La Trobe, go to an Asian restaurant, at Swanston Street, and have a big meal for less than AU$10, or find a vegetarian food for AU$7.50 (all you can eat) at 123 Swanston St, from Mon-Sat, 11:30 am to 3.30pm.
After your lunch you may want to relax or check your emails. Then go to the State Library of Victoria, at the corner of Swanston St and La Trobe St, and find out a great location for those who need a place and internet for free. If you bring your computer, you can access internet as much as you want; if you don’t, you can get a computer for 15 minutes (and you can repeat it as long as none is waiting on the line). Printing is also possible, but you have to pay AU$0.15 per page. The Library also provides movies sessions and courses for free, check it out.
Victoria is known as a garden state. So, Melbourne is a town surrounded by parks. If you feel like losing yourself in a fabulous green area, go to Royal Botanic Gardens at Domain Road. Of course, it is free entry.
If you want to spend some money, rent a city bicycle for AU$2.5 per day. But, please, don’t forget your helmet (or you will pay an expensive fine). You can get a cheap helmet at Seven Eleven for AU$5 and get AU$3 refund if you give it back.
9) Coffee, newspaper and festivals:
If you feel like buying souvenirs, you can go to traditional shops, at Swanston St, or to "op shop" (opportunity shop); there are some of them at Chapel St, where you will find all sorts of things for a little price.
11) Airport & Skybus:
Enjoy your stay and g'day!
ps: attention! In Australia a hotel can be a bar and motel can be a hotel.
You may also like:
Farewell letter
terça-feira, 14 de junho de 2011
9 Dicas pra quem pretende chutar o balde
A alternativa serve de arreio para motivar o chute, mas não há garantia de que será seguida; a qualquer momento, você pode mudar; tudo parece volátil. Não é fácil, mas é melhor do que ficar imaginando como seria.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
A charlatã
A senhora Rodriga vivia das doações dos seus clientes e era conceituadíssima. Esse cenário amistoso começou a sofrer mudanças no final da década de noventa. A partir desse período, segundo o jornal da província de Cafundó, os desentendimentos entre dona Rodriga e seus clientes tornaram-se ações judiciais, por conta do abuso que a senhora tomou de toda a clientela, que só lhe demandava:
“Se eu mudar de profissão, vou ganhar dinheiro, como ganho hoje?” Essa era uma das perguntas corriqueiras dos clientes.
“Se você quer dinheiro e já tem, vai mudar de profissão para que? Se quer dinheiro fique com ele!” Respondia D. Rodriga, com ar de irritação; e não queria mais aceitar doação de gente insatisfeita com os seus dizeres.
“Se me separar encontrarei outra pessoa?” Essa pergunta não soava bem aos ouvidos da D. Rodriga.
“Se você quer ter alguém, fique com quem você está! Agora se quiser se arriscar, vai ter chance de ficar só, ou quem sabe se acompanhar de novo.” Respondia a vidente, sem jogo de cintura.
“Meu filho quer ser artista, ele vai ter sucesso? Ele vai ser famoso?” Essa pergunta amargurava de vez a dona Rodriga. “Como se não bastasse a pessoa querer sucesso pra si, quer empurrar mais gente nessa ribanceira. Era o que me faltava.” Pensava a vidente.
Para finalizar as consultas, que eram coletivas, pois as dúvidas coincidiam em grandes numerais, ela se acalmava, via o que via e respondia:
“Quem se separar vai viver a solidão em carne viva; e pode ser que se recupere, se tiver coragem. Se não tiver, vai contabilizar o passado e fazer uma lista para o futuro; o que vem daí não se pode ver.”
“Quem quiser ser artista que desista do dinheiro, porque o artista, que recebe o convite da deusa da criatividade, vai ter que abrir mão dos compromissos supérfluos.”
“E quem quiser viver bem, vai ter que passar do passado.”
A gente toda se irritou com os dizeres da dona Rodriga; e o grupo resolveu chamar a polícia.
Quando o policial chegou, deu baixa na situação, levando dona Rodriga para o xilindró.
Diante de gente importante na lista de delatores, o delegado teve que acelerar o caso; e o juiz também não pode se fazer de rogado, apesar da simpatia que reservava àquela senhora.
Na audiência, o juiz tentou aliviar a pena da dona Rodriga, dizendo que ela não respondia por si, que já tinha mais anos de idade do que aparentava, mas dona Rodriga não tinha qualidade de bem mentir.
Antes que o juiz proferisse qualquer sentença, o advogado de acusação propôs um acordo: se dona Rodriga desvendasse os números da loteria e os fornecesse aos clientes lastimados, o juiz poderia arquivar o caso.
Dona Rodriga pediu um copo com água, bebeu e disse os números que lhe vieram a cabeça; complementou, informando que aqueles números sairiam dali a seis meses. A proposta foi aceita, porém, nesse período, a acusada continuaria presa, até que o resultado final saísse.
A cidade ficou em polvorosa; houve reportagem até no exterior; era a gente toda gastando por conta.
Chegado o dia, e como esperado os números eram os tais. A cidade parecia um vulcão; se a gastança era grande, tornou-se ainda maior. Todo mundo pagou o que devia, comprou o que precisava e mais outras coisas, que nunca sentiriam falta; a cidade se modernizou com a dinheirama advinda da loteria; todo mundo estava rico, da noite para o dia.
Dona Rodriga saiu da delegacia e foi morar num povoado menor, onde escondeu a identidade.
Passados uns quatro anos, aos poucos; e depois, aos muitos, a gente toda localizou dona Rodriga e voltou a pedir seus conselhos. A pergunta geral era:
“Já que temos tudo, quando seremos felizes?”
Dona Rodriga disse que, para responder a tal pergunta, precisava catar umas ervas.
Entrou no mato e nunca mais voltou; e, desde esse dia, ficou conhecida como a charlatã.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Vazio
Já tive inveja dos alpinistas e mergulhadores de caverna. O compromisso interno de se submeter às alturas ou às profundidades, sustentado somente por paixão, me deixava trôpega só de imaginar e não ter coragem.
“É poder tocar o vazio.” Diziam os alpinistas e mergulhadores.
“Podem traduzir?”
“Não dá pra explicar em palavras. Você tem que experimentar.”
“Isso não é pra mim.”
“Tem alguma coisa que você faria a qualquer custo.”
“Tem não. Tudo tem custo... e costuma ser caro.”
“Certamente existe alguma coisa que a leva às alturas ou às profundezas. Pode ser seu filho, seu trabalho, música... alguma coisa. Lembra?! É esse o sabor.”
Comecei a dançar tango, porque queria descobrir alguma coisa incrível como escalar o Everest ou mergulhar numa cavena à noite, sem medo e por pura vontade.
De fato, o tango abriu uma porta para uma outra dimensão; não é tocar o vazio; é poder tocar todo mundo por inteiro com a pureza de querer nada menos do que flutuar no salão; e como flutuamos. Estamos totalmente lá e nada mais existe. É uma espécie de meditação ambulante; é uma pausa nos pensamentos; o corpo cuida de tudo enquanto a mente dá uma trégua.
Apesar do contentamento, eu queria ter a experiência de tocar o vazio, sem ter que subir o Everest nem mergulhar numa cavena em horário noturno, ou rodar o salão a noite toda, de mão em mão. Haveria de haver outras formas. E há, e houve.
Foi nessa onda de sentir contentamento em existir que comecei a escrever. E quando escrevo encontro o que eu estive buscando a vida inteira nas minhas relações amorosas, nos meus cursos e nos meus empregos e nas minhas viagens. Quando algo me passa e meu humor me envergonha por qualquer motivo, eu me relembro: você escreve; você toca o vazio.