sábado, 22 de junho de 2013

Sertão manifestante

Meus sinceros agradecimentos aos que estão nas ruas, mudando o curso da história e o curso de História! 

Não vejo a hora de pisar em território nacional, nesse território conquistado, e abraçar todo mundo, em especial os que estão com filhos nos hospitais, nas filas das escolas públicas, os comerciantes prejudicados, os que prestam serviço público apesar da falta de estrutura...

E aos vândalos, digo apenas que estão perdendo o bonde da história, mas se correrem conscientes chegarão a um lugar melhor.




segunda-feira, 17 de junho de 2013

06 dúvidas persistentes

Tenho dúvidas:

1. Se René Descartes tinha razão quando disse: “penso logo existo”?
Se nós fôssemos o sujeito dessa ação, poderíamos parar de pensar, quando quiséssemos, o que não ocorre sem um esforço hercúleo. Por isso, tenho a impressão que o pensamento é um músculo involuntário; e, às vezes, ele é capaz de encher a nossa “vida de tragédias que nunca aconteceram” (Mark Twain).

2. Se Sartre ao dizer “que o inferno são os outros” estava falando realmente de quem nos observa, ou se estava falando dessas vozes mentais que se materializam e até convenceram Descartes do “penso logo existo”?

3. Se Nitzsche, ou melhor, se Zaratustra tinha razão ao afirmar: “para todos os problemas da mulher, uma solução: gravidez”?

4. Se as pessoas acreditam mesmo que controlam alguma coisa?

5. Se nós, cidadãos ditos do bem, também não agiríamos de modo bestial, se algo que defendemos/amamos estivesse em perigo, ou mesmo diante de uma coisa mínima, que naquele momento pareça gigante?


6. Se insinceridade seria algo tão ruim?
Quando vejo um ser humano, declarando a sua animosidade a outro ser, seja por questões religiosas, raça, de cunho sexual etc., eu me pergunto: por que ele não finge, e se comporta como um hipócrita pelo bem comum? Um xenófobo sincero angaria seguidores desatentos e os deseduca, sabotando a união evolutiva da sociedade. Não te parece?

terça-feira, 11 de junho de 2013

Pontos em comum no mundo

1. Beleza agrada;

2. O diferente causa fascínio ou rejeição. Por isso, o preconceito tem lugar cativo. O que faz a diferença é a nitidez com que algumas pessoas percebem que o preconceito é de quem o tem, e não muda o que somos, não podendo nos diminuir. “A arma do preconceituoso é a mente do oprimido.” Steve Biko;

3. Religião, que originariamente significa religare, tornou-se "separare"; dependendo da sua religião, o próximo não te ama nem te respeita;

4. Drogas: não há onde não se venda. Os países ricos não se importam com quem vende nem com quem compra, até fornecem aos usuários, desde que a paz seja mantida. Por isso, exportam armas para os países emergentes combaterem as drogas e violarem os direitos humanos longe. 

5. A profissão mais antiga do mundo deveria mudar de nome para sexo honesto. Todo lugar há oferta e demanda. 

6. Reclamar sem sentido tornou-se um prazer e afasta as pessoas. Os itens mais comuns: as condições climáticas, as mudanças que ocorreram, ou que não ocorreram, internet e celular.

7. Por outro lado, protestar pelo bem comum une e multiplica a graça da caminhada.

8. Não importa se o país é rico ou pobre, o índice de violência contra mulheres, crianças e homossexuais é assustador;

9. As mulheres ganham mais que os homens na carreira de modelo, porém em todas as outras, continuam, no geral, ganhando menos. 

10. Por mais claras que sejam as regras, a vitamina C (contato/connection) funciona igualmente mundo a fora;

11. Todos temos uma história para contar;

12. Todos gostam de ser ouvido;

13. E o sorriso é uma credencial reconhecida mundialmente. Por isso, na dúvida, não hesite, sorria!

domingo, 9 de junho de 2013

Só para quem gosta de ler


1. Grande sertão: veredas. Guimarães Rosa.
Eu já havia tentado ler esse livro duas vezes, porém sempre parava na cena em que os jagunços comem um bicho e depois descobrem que não era bem isso. Na terceira tentativa, eu consegui superar e fiquei maravilhada como o G. Rosa criou uma linguagem nova e inseriu o mundo no sertão, criando uma história de amor linda. 


2. The picture of Dorian Gray. Oscar Wilde.
Gosto do Oscar Wilde porque ele questiona os valores da sociedade, usando a ironia. Li em inglês porque não tive acesso ao livro em português. 

3. Trem noturno para Lisboa. Pascal Mercier (pseudônimo).
O autor conseguiu criar um livro dentro de outro livro e me fez acreditar que o personagem do outro livro existia. É filosófico e poético, porém um pouco triste.

4. No teu deserto, de Miguel Sousa Tavares.
Trata-se de uma viagem de Portugal ao deserto do Sahara. Eu gosto do deserto porque ele tem uma capacidade de nos desacelerar. O livro começa corrido e depois entra numa beleza lenta, que dá vontade de viajar.

5. Desde que o samba é samba, do Paulo Lins (autor do livro Cidade de Deus).
É bem escrito, prende o leitor do início ao fim, tem dados históricos sobre o samba, sobre religiões e personagens reais. Quando terminei de ler, queria começar tudo de novo. Todo carioca deveria ler esse livro.

6. O incidente da ponte de Owl Creek (conto fantástico). Ambrose Bierce. 
É um dos contos mais bem escritos que já li. 

7. A incrível e triste história de Erêndira e sua avó desalmada. Gabriel Garcia Marques.
Trata-se de uma coletânea de contos fantásticos do Garcia Marques. Ele me impressiona pela capacidade de me convencer dos seus absurdos.

8. Cartas a um jovem escritor. Mário Vargas Llosa.
Releio sempre esse livro para escrever melhor; já comentei sobre ele em outro post.


***

sexta-feira, 7 de junho de 2013

10 verdades absolutas (no meu grão de areia)

1. Dançar faz bem ao corpo e à alma de quem dança e de quem a observa;

2. Chá também causa esse efeito. Os rituais de chá são lindos;

3. (Entretanto), água é a melhor bebida do planeta (em seguida, vêm a cajuína, o caldo-de-cana e o açaí);

4. Viajar é viver o presente presente, e ser lembrado que tudo o que numa cultura é, numa outra pode não ser e elas podem coexistir;

5. Diversidade é um tesouro, que alguns custam reconhecer;

6. Drummond de Andrade estava certo quando nos perguntou: "Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?" 

7. E Vinicius de Moraes tinha razão "alegria é a melhor coisa que existe";

8. E Paulo Lins foi preciso: "A poesia é a arte de procurar o verso que todo mundo busca um dia, verso que cai em qualquer ser humano como a verdade da vida." (livro "Desde que o samba é samba", p.213).

9. E Simone de Beauvoir confirmou "Escrever é desvendar o mundo";

10. E convém uma pitada de sal na docilidade dessas metáforas: disciplina é fundamental para realizar qualquer projeto. Não espere a inspiração, porque ela só vem se você estiver com a mão na massa. Se não tem ideia à vista, siga o conselho da poetisa Sarah Kay, e comece com uma simples lista!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

09 características da língua alemã (cujo entendimento facilita o aprendizado)

1. Realista “genau” (precisa):

Enquanto em inglês dizemos “the book is on the table”, em alemão dizemos:
“das Buch steht auf dem Tisch (se o livro estiver “de pé” sobre a mesa, ou “das Buch liegt auf dem Tisch” (se o livre estiver “deitado” sobre a mesa).

2. Letra maiúscula
Todos os substantivos são iniciados com letra maiúscula: der Brief (carta), die Frau (a mulher), das Buch (livro). Por isso, os substantivos são facilmente identificados. 

3. Primitiva
Enquanto em inglês o artigo “the” serve para qualquer gênero (masculino, feminino, ou neutro: the boy(s), the girl(s), the book(s)), em alemão há um artigo para cada caso: der, die, das. Além disso, praticamente tudo varia: os artigos, os adjetivos (ein gutes Buch, eine schöne Frau, ein kleiner Mensch); ich lege das Buch auf den Tisch (acusativo), aber das Buch steht auf dem Tisch (dativo).

4. Prática
Temos que aceitar as regras para aprender. Se você aplicar as regras do idioma, vai chegar ao resultado.

5. Inflexível
Há que seguir as regras, ou não será compreendido pelo interlocutor. Por isso, os artigos, as declinações, e a ordem das palavras têm muita importância. 
A título de curiosidade, as dezenas (a partir do 21) são lidas de trás para frente, porque o idioma alemão usou o sistema arábico. Por isso, einundzwanzig.

6. Nada interpretativa (genau)
O exemplo do item 1 também explica o item 4.

7. Direta 
Não é aconselhável dar muita volta no que se diz em alemão, porque a informação deve ser direta. 
“Es tut mir leid, ich komme heute nicht."
Em português, dizemos: “estou muito ocupada... além disso, tenho que fazer um trabalho extra... tenho que blábláblá... Por isso, não poderei ir hoje."
Por conta disso, eu me pergunto como é a diplomacia alemã...

8. Musical
Was machen Sie denn in meinem Büro? (leia essa frase algumas vezes, de modo que cada vez, você enfatize uma palavra diferente, e verá que a língua alemão também é musical).

9. Pronúncia e escrita
A pronúncia está bem próxima da forma escrita (diferentemente do idioma inglês: pronunciamos may e walk de modo completamente distinto, embora ambas sejam escritas com a vogal “a”).

E a quem interessar possa, segue o link de post sobre gênero: der, die, das.

Obs.: não sou professora de alemão, apenas estudo o idioma e compilo o que entendo facilitar o aprendizado.