terça-feira, 11 de junho de 2013

Pontos em comum no mundo

1. Beleza agrada;

2. O diferente causa fascínio ou rejeição. Por isso, o preconceito tem lugar cativo. O que faz a diferença é a nitidez com que algumas pessoas percebem que o preconceito é de quem o tem, e não muda o que somos, não podendo nos diminuir. “A arma do preconceituoso é a mente do oprimido.” Steve Biko;

3. Religião, que originariamente significa religare, tornou-se "separare"; dependendo da sua religião, o próximo não te ama nem te respeita;

4. Drogas: não há onde não se venda. Os países ricos não se importam com quem vende nem com quem compra, até fornecem aos usuários, desde que a paz seja mantida. Por isso, exportam armas para os países emergentes combaterem as drogas e violarem os direitos humanos longe. 

5. A profissão mais antiga do mundo deveria mudar de nome para sexo honesto. Todo lugar há oferta e demanda. 

6. Reclamar sem sentido tornou-se um prazer e afasta as pessoas. Os itens mais comuns: as condições climáticas, as mudanças que ocorreram, ou que não ocorreram, internet e celular.

7. Por outro lado, protestar pelo bem comum une e multiplica a graça da caminhada.

8. Não importa se o país é rico ou pobre, o índice de violência contra mulheres, crianças e homossexuais é assustador;

9. As mulheres ganham mais que os homens na carreira de modelo, porém em todas as outras, continuam, no geral, ganhando menos. 

10. Por mais claras que sejam as regras, a vitamina C (contato/connection) funciona igualmente mundo a fora;

11. Todos temos uma história para contar;

12. Todos gostam de ser ouvido;

13. E o sorriso é uma credencial reconhecida mundialmente. Por isso, na dúvida, não hesite, sorria!

domingo, 9 de junho de 2013

Só para quem gosta de ler


1. Grande sertão: veredas. Guimarães Rosa.
Eu já havia tentado ler esse livro duas vezes, porém sempre parava na cena em que os jagunços comem um bicho e depois descobrem que não era bem isso. Na terceira tentativa, eu consegui superar e fiquei maravilhada como o G. Rosa criou uma linguagem nova e inseriu o mundo no sertão, criando uma história de amor linda. 


2. The picture of Dorian Gray. Oscar Wilde.
Gosto do Oscar Wilde porque ele questiona os valores da sociedade, usando a ironia. Li em inglês porque não tive acesso ao livro em português. 

3. Trem noturno para Lisboa. Pascal Mercier (pseudônimo).
O autor conseguiu criar um livro dentro de outro livro e me fez acreditar que o personagem do outro livro existia. É filosófico e poético, porém um pouco triste.

4. No teu deserto, de Miguel Sousa Tavares.
Trata-se de uma viagem de Portugal ao deserto do Sahara. Eu gosto do deserto porque ele tem uma capacidade de nos desacelerar. O livro começa corrido e depois entra numa beleza lenta, que dá vontade de viajar.

5. Desde que o samba é samba, do Paulo Lins (autor do livro Cidade de Deus).
É bem escrito, prende o leitor do início ao fim, tem dados históricos sobre o samba, sobre religiões e personagens reais. Quando terminei de ler, queria começar tudo de novo. Todo carioca deveria ler esse livro.

6. O incidente da ponte de Owl Creek (conto fantástico). Ambrose Bierce. 
É um dos contos mais bem escritos que já li. 

7. A incrível e triste história de Erêndira e sua avó desalmada. Gabriel Garcia Marques.
Trata-se de uma coletânea de contos fantásticos do Garcia Marques. Ele me impressiona pela capacidade de me convencer dos seus absurdos.

8. Cartas a um jovem escritor. Mário Vargas Llosa.
Releio sempre esse livro para escrever melhor; já comentei sobre ele em outro post.


***

sexta-feira, 7 de junho de 2013

10 verdades absolutas (no meu grão de areia)

1. Dançar faz bem ao corpo e à alma de quem dança e de quem a observa;

2. Chá também causa esse efeito. Os rituais de chá são lindos;

3. (Entretanto), água é a melhor bebida do planeta (em seguida, vêm a cajuína, o caldo-de-cana e o açaí);

4. Viajar é viver o presente presente, e ser lembrado que tudo o que numa cultura é, numa outra pode não ser e elas podem coexistir;

5. Diversidade é um tesouro, que alguns custam reconhecer;

6. Drummond de Andrade estava certo quando nos perguntou: "Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?" 

7. E Vinicius de Moraes tinha razão "alegria é a melhor coisa que existe";

8. E Paulo Lins foi preciso: "A poesia é a arte de procurar o verso que todo mundo busca um dia, verso que cai em qualquer ser humano como a verdade da vida." (livro "Desde que o samba é samba", p.213).

9. E Simone de Beauvoir confirmou "Escrever é desvendar o mundo";

10. E convém uma pitada de sal na docilidade dessas metáforas: disciplina é fundamental para realizar qualquer projeto. Não espere a inspiração, porque ela só vem se você estiver com a mão na massa. Se não tem ideia à vista, siga o conselho da poetisa Sarah Kay, e comece com uma simples lista!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

09 características da língua alemã (cujo entendimento facilita o aprendizado)

1. Realista “genau” (precisa):

Enquanto em inglês dizemos “the book is on the table”, em alemão dizemos:
“das Buch steht auf dem Tisch (se o livro estiver “de pé” sobre a mesa, ou “das Buch liegt auf dem Tisch” (se o livre estiver “deitado” sobre a mesa).

2. Letra maiúscula
Todos os substantivos são iniciados com letra maiúscula: der Brief (carta), die Frau (a mulher), das Buch (livro). Por isso, os substantivos são facilmente identificados. 

3. Primitiva
Enquanto em inglês o artigo “the” serve para qualquer gênero (masculino, feminino, ou neutro: the boy(s), the girl(s), the book(s)), em alemão há um artigo para cada caso: der, die, das. Além disso, praticamente tudo varia: os artigos, os adjetivos (ein gutes Buch, eine schöne Frau, ein kleiner Mensch); ich lege das Buch auf den Tisch (acusativo), aber das Buch steht auf dem Tisch (dativo).

4. Prática
Temos que aceitar as regras para aprender. Se você aplicar as regras do idioma, vai chegar ao resultado.

5. Inflexível
Há que seguir as regras, ou não será compreendido pelo interlocutor. Por isso, os artigos, as declinações, e a ordem das palavras têm muita importância. 
A título de curiosidade, as dezenas (a partir do 21) são lidas de trás para frente, porque o idioma alemão usou o sistema arábico. Por isso, einundzwanzig.

6. Nada interpretativa (genau)
O exemplo do item 1 também explica o item 4.

7. Direta 
Não é aconselhável dar muita volta no que se diz em alemão, porque a informação deve ser direta. 
“Es tut mir leid, ich komme heute nicht."
Em português, dizemos: “estou muito ocupada... além disso, tenho que fazer um trabalho extra... tenho que blábláblá... Por isso, não poderei ir hoje."
Por conta disso, eu me pergunto como é a diplomacia alemã...

8. Musical
Was machen Sie denn in meinem Büro? (leia essa frase algumas vezes, de modo que cada vez, você enfatize uma palavra diferente, e verá que a língua alemão também é musical).

9. Pronúncia e escrita
A pronúncia está bem próxima da forma escrita (diferentemente do idioma inglês: pronunciamos may e walk de modo completamente distinto, embora ambas sejam escritas com a vogal “a”).

E a quem interessar possa, segue o link de post sobre gênero: der, die, das.

Obs.: não sou professora de alemão, apenas estudo o idioma e compilo o que entendo facilitar o aprendizado. 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Dicas para quem viaja em família, ou em grupo

Segue uma lista do que funciona para mim:

1. Faço a lista dos lugares a serem visitados;

2. Verifico as distâncias entre os locais, e, como chegar até lá, seja de ônibus, metrô, ou a pé; e o tempo que levará;

3. Quais pontos podem ser visitados por dia, devido a distância;

4. Dias e horários de funcionamento, e, preços de entradas (se houver);

5. Rabisco um plano B, para os casos de variações de climáticas;

6. Apresento uma proposta ao grupo, explicando um pouco da cultura do local (seja por experiência, ou por pesquisa);

7. Listo algumas opções de restaurantes próximos aos locais a serem visitados e os respectivos horários de funcionamento. A hora de comer pode ser recheada de dúvida e mal humor, se deixada para última hora, ou se se perder a hora;

8. Antes de viajar, explico aos demais que as mudanças nos pratos só são possíveis no Brasil, ou em restaurantes de imigrantes; os europeus, em geral, não compreendem o "dar um jetinho"; 

9. Eu faço uma promessa: eu me disponho a abrir mão de conhecer alguns locais, seja por falta de tempo, por uma nova possibilidade, ou ainda sugestão de outro participante. Viajar em família/grupo é uma oportunidade de autoconhecimento!

10. Se for ao exterior, cada participante deve ter em mãos ao chegar ao destino: passagem de volta impressa, endereço onde se hospedará, comprovante do seguro de saúde, dinheiro, cartão de crédito, e passaporte que  ainda tenha validade de no mínimo seis meses, contados da data da sua chegada ao destino. Alguns países, como o Reino Unido, não aceitam passaportes com prazo de validade inferior a seis meses. 



terça-feira, 23 de abril de 2013

Paris para iniciantes

Sem mais discussão sobre turistas e viajantes, e, seguindo a linha Londres para calouros, seguem algumas dicas básicas para visitar Paris.

Há muito o que fazer e você terá mil razões para voltar, apesar do prazer pelo avesso que os franceses têm de reclamar, diante da Cidade Luz. Releve qualquer coisa, tudo vale a pena na terra dos iluministas. 

Dia 01:
Visitar a Torre Eifel pela manhã e caminhar até o conjunto de monumentos dos Invalides ou visite os jardins do Trocadéro.
Há quem ache cliché, porém se você está visitando pela primeira vez, vale a pena pegar o barco na Champ de Mars e ver Paris por outro ponto de vista. 
Estação do Metrô: Champ de Mars.

Dia 02:
Arcos do Triunfo (subir ao topo e se deliciar com a vista e com a ausência de sinais de trânsito na rotatória da Champs Élysées).
Caminhar pela Champs Élysées até o Grand Palais (vinte minutos).
Metrô: Charle-de-Gaulle-Étoile.

Dia 03:
Notre Dame 
Igreja St. Chapelle 
Ile St. Louis é uma ilha charmosa, cheia de restaurantes e cafés, e é próxima à ponte des arts (onde ficam os cadeados). 
Se sobrar tempo, pode visitar o St. Michel Boulevard, St. Germain Boulevard ou os jardins de Luxemburgo.
Metrô: St. Michel Notre Dame.

Dia 04:
Montmartre (se tiver com crianças, é possível pegar um elevador.
Próximo ao Montmartre, há o Moulin Rouge e o Montparnasse. 
Metrô: Abbesses.

Dia 05:
Museu do Louvre (Rue de Rivoli). Se tiver tempo, ou amar museu, entre direto para as obras que deseja ver, pois um dia é pouco; o museu é enorme. Metro: Louvre Rivoli / Palais Musée du Louvre.
Museum d'Orsay é mais indicado para quem aprecia as pinturas impressionistas! Metro: Louvre Rivoli / Palais Musée du Louvre.
O museu do Picasso também vale visitar (porém estava em reforma, por isso, antes de ir, tem que verificar se já está reaberto); é possível evitar a fila comprando o ingresso com hora marcada, ou antecipado. Metrô: St. Paul.
Museu Rodin é relativamente pequeno, é aberto, e também merece ser visitado. Metrô: Varenne.
Se só tem um dia, é melhor eleger um museu para visitar!   

Dicas extras:
Horário dos restaurantes franceses (em geral): de 12 às 14:30.
É fácil locomover-se em Paris utilizando o metrô.
Obs: um amigo parisiense aconselhou a não pedir informação na rua, pois os parisienses não gostam de perder tempo com os milhões de estrangeiros que os interrompem em Paris... c'est la vie.